Administrando empresas

Administrando empresas

domingo, 31 de março de 2013

Eficiência x Eficácia e o Administrador

A eficiência e a eficácia, embora sejam dois conceitos distintos, devem ser entendidos plenamente em face de sua importância para o Administrador.

Neste sentido, cabe inicialmente conceituá-los:

Eficácia, significa fazer a coisa certa, obter o resultado, o objetivo;

Eficiência, significa igualmente obter o resultado, no entanto, tem uma abrangência maior que o conceito de eficácia, à medida que a eficiência considera os meios utilizados para se conseguir o resultado.

Sendo assim, a eficiência significa auferir o melhor resultado com a aplicação do menor recurso financeiro, material e humano possível. Deste modo, a eficiência possibilita o melhor resultado com o menor custo.

A eficácia, no entanto, foca apenas o resultado, não se importando com os meios aplicados para obtê-lo, ou seja, qual o custo para se chegar ao resultado, quais os meios empregados e o custo necessário para auferir o resultado desejado.

Isto posto, explicados os conceitos, pode-se considerar que o Administrador eficiente é melhor que o Administrador eficaz, à medida que o Administrador eficiente obtém os melhores resultados ou melhor lucratividade, com o emprego da menor quantidade de recursos.

Imagine que o Administrador precisa atender ao desejo do cliente na produção de um produto e que para isso o processo produtivo deva ser alterado. O Administrador eficaz irá atender o cliente onerando o processo operacional em R$ 100.000,00, já o Administrador eficiente fará o mesmo, empregando, no entanto, R$ 50.000,00.

sábado, 23 de março de 2013

A VANTAGEM COMPETITIVA DA EQUIPE: LEALDADE

Muito se fala sobre as vantagens competitivas do trabalho em equipe, tais como: melhor eficiência nos resultados, adoção das melhores práticas, compartilhamento de informações, melhor comunicação, complementariedade dos conhecimentos das pessoas e outras vantagens.

Contudo, equipes são feitas de pessoas e pessoas são feitas de sentimentos, valores, expectativas e crenças.
É fato, no entanto, que toda equipe precisa de um bom líder. O líder é justamente o responsável por servir de exemplo, demonstrando humildade, sinceridade, comprometimento com a equipe, empatia e lealdade.

Destaco o termo lealdade, porquanto é justamente essa característica que faz com que as pessoas desejem entregar-se às aspirações da equipe, colocando os interesses do todo acima de seus próprios interesses. Essa sinergia e coesão, faz com que meros grupos tornem-se equipes, em que os egos são equilibrados, as atitudes são respeitosas, o comprometimento é irrestrito e o conhecimento é compartilhado.

As equipes são coesas, firmes e leais.

A lealdade entre seus membros, faz com que os resultados sejam buscados de maneira incessante; existe uma forte relação de paixão pela equipe e seu desempenho. A equipe se torna maior que os egos individuais.

Nas equipes, as pessoas que a compõe vislumbram na vitória, o alimento para sua própria vitória individual, sentido-se gratificadas em fazer parte do time.

sexta-feira, 22 de março de 2013

A DIFERENÇA ENTRE GRUPO E EQUIPE

Há uma sutil diferença entre grupo e equipe, entretanto, os resultados de uma equipe verdadeira são infinitamente melhores que a de um grupo.

O grupo pode ser definido como um conjunto de pessoas trabalhando juntas, com a finalidade de atingir resultados de interesse comum ao grupo. Neste sentido, é muito comum os grupos de trabalho em organizações ou empresas com a finalidade de executar tarefas determinadas e alcançar objetivos comuns e de interesse da empresa.

A equipe, no entanto, embora seja igualmente um conjunto de pessoas que trabalham juntas em busca de determinados objetivos, diferenciam-se dos grupos por algumas características, dentre as quais destacam-se: a paixão das pessoas que compõe a equipe pelo que fazem, o sentido de colaboração entre seus integrantes, o espírito de ajuda mútua, e, sobretudo, o reconhecimento e valorização das diferenças individuais.

Sabe-se que as equipes são formadas por pessoas cujos conhecimentos são complementares, neste sentido, cada colaborador contribui dentro das sua especialidade, quais sejam, direito, administração, contabilidade, engenharia, dentre outros.

Não se pode esquecer, como exemplo, das equipes campeãs nos esportes, que guardam entre si, características que as fazem sobressair diante das outras, em face do espírito de luta, perseverança, resiliência e paixão pelo que fazem.

Equipes vencedoras como a do técnico Bernardinho do Vôlei brasileiro, demonstram eficientemente os resultados que podem ser obtidos quando grupos são transformados em equipes. A equipe de Bernardinho venceu a liga mundial 8 vezes, (2001,2003,2004,2005,2006,2007,2009,2010), além de três mundiais 2002,2006,2010 e a Olimpíada de 2004. Em 2000 a seleção de Vôlei do Brasil havia vencido apenas um liga mundial, e a seleção Italiana sido campeã 8 vezes, em apenas um década a seleção de Vôlei do Brasil simplesmente ultrapassou a seleção Italiana em Títulos, sagrando-se a maior campeã da história.

O que faz com que a seleção de Vôlei tenha essa gana para vencer mesmo após diversas vitórias?  A paixão pelo que fazem e pela equipe da qual participam.

domingo, 17 de março de 2013

A VANTAGEM COMPETITIVA DAS EQUIPES

O simples agrupamento de pessoas num local de trabalho não traz por si só o alicerce para resultados positivos. No entanto, quando este agrupamento de pessoas torna-se uma equipe, está criado o ambiente propício à consecução de bons resultados.

Neste sentido, diferenciam-se os grupos de equipes, uma vez que essas trabalham de forma coordenada, interdependentes e alinhadas ao objetivo final da empresa.

As equipes estão unidas em torno de objetivos, trabalham em uníssono; cada colaborador compromete-se pelo resultado do todo e sente-se parte atuante e importante à equipe, à medida que recebem o poder de decidir e enxergam exatamente o impacto de suas atividades para o resultado final da organização.

No entanto, para se construir equipes de trabalho, é necessário constituí-las de pessoas que se adaptem à novas tarefas, mudanças e que saibam trabalhar juntas.

Ademais, o trabalho em equipe permite as vantagens do conhecimento multidisciplinar de seus participantes, o que enriquece o resultado obtido.

Importante salientar, que as equipes deverão ser dotadas de alta capacidade sistêmica, ou seja, de enxergar o todo, os objetivos da organização e a importância da equipe para a empresa.

Não obstante caberá aos líderes dentro da organização, dotar as equipes de senso de direção e objetividade em face dos resultados almejados pela empresa. Além disso, cabe à liderança, conduzir eficientemente as equipes ao resultado, através de habilidades de comunicação, atitude e conhecimento.

Há vantagens notórias em se trabalhar em equipes, dentre elas podemos citar: Maior comprometimento das pessoas; maior eficiência, sinergia, compartilhamento do conhecimento, diminuição das falhas na comunicação e mitigação da formação de grupos de interesse dentro da organização.


sábado, 16 de março de 2013

A INOVAÇÃO e a CRIATIVIDADE - Requisitos vitais para as empresas

Do Latim Innovare que significa mudar, renovar pela aglutinação do prefixo IN e da palavra Novus, ou seja algo novo, inovador, que altere ou modifique o status quo ou estado atual, situação atual.

Sobretudo, inovar, significa manter a empresa viva e perene no mercado, uma vez que permite às empresas, tornarem, elas próprias, obsoletos os seus produtos e/ou serviços antes que os concorrentes o façam.

Inovar é absolutamente necessário a qualquer empreendimento. Desde as inovações introduzidas pela II Revolução Industrial, principalmente no que se refere ao motor à combustão e à eletricidade e as atividades industriais de alta capacidade produtiva, até o uso intenso da tecnologia da informação atualmente nas organizações modernas, tudo passa inicialmente pela criatividade humana.

Criatividade originada da palavra em Latim CREARE, que significa crescer, erguer e produzir, que serve como verdadeira sustentação e fomento da inovação, uma vez que permite o surgimento de novas idéias e novos modos de se executar determinada tarefa ou serviço.

Não se pode olvidar ou esquecer, que a Inovação no mundo empresarial atual, é o alicerce para manter a lucratividade das empresas. Uma organização que não inova seus processos, possivelmente será superada por seus concorrentes. Portanto, inovar não é mais apenas um pequeno conceito supérfluo da ciência da Administração de Empresas, mas um requisito essencial para qualquer organização, uma vez que são sistemas abertos que interagem com o ambiente externo, estando sujeitas as variantes do mercado.

O processo de Inovação deve compor as atividades precípuas da organização e ser vista por todos os colaboradores que nela atuam, como atividade essencial e de responsabilidade de todos dentro da organização.

Podemos citar vários exemplos de empresas inovadoras, que praticam constantemente o reinvento de seus processos e produtos, tais como: Google, MC Donald´s, Microsoft, Motorola, Volkswagen, Petrobras, Correios, Gerdau e tantas outras, que por terem processos de inovação tornaram-se perenes no mercado; algumas centenárias.

Mas a inovação não deve fazer parte apenas da rotina de grandes organizações, mas também de pequenos empreendimentos que precisam constantemente reinventar seus processos, produtos, estrutura organizacional e serviços, com a finalidade principal de oferecer sempre melhores produtos ou serviços aos clientes.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Sistemas abertos e sistemas fechados - Qual a diferença?

Sistemas abertos, são aqueles que interagem com o ambiente externo. Possuem relação de causa e efeito com o ambiente e são chamados normalmente de sistemas orgânicos. Neste sentido, podemos definir que as empresas são sistemas abertos que sofrem influência das variáveis externas, tais como: Políticas econômicas, variáveis sociais, tecnológicas, éticas, ecológicas e de ordem legal, ou seja, são influenciadas também pela legislação vigente e tributação. Os sistemas abertos valorizam a proação, inovação, orientação para o mercado e flexibilidade de processo ou adhocracia.

Cabe lembrar que o termo Adhocracia significa uma organização flexível que se molda às dificuldades do mercado, remodelando seus processos sistematicamente à medida que são afetadas por problemas externos.

Contudo, existem os chamados Sistemas fechados, que não sofrem influência do ambiente externo. São sistemas normalmente criados pelo homem, tais como máquinas e motores, portanto, não sofrem com as variáveis do ambiente. Além disso, podemos dizer que os sistemas burocráticos são sistemas fechados de organização, pois não consideram as variáveis externas, dando ênfase apenas ao processo interno.

Em síntese, os Sistemas abertos interagem com o ambiente, procuram ser "adhocráticos", enquanto Sistemas  Fechados não interagem com o ambiente, como por exemplo organizações altamente burocráticas.


domingo, 10 de março de 2013

Comportamento Organizacional - Modelo de Conversão do conhecimento - SECI

O modelo de conversão do conhecimento SECI de Nonaka e Takeuchi (1996) prega, em síntese, a existência de quatro fases na conversão do conhecimento que influencia o Comportamento Organizacional:

Do acrônimo SECI as quatro fase são: Socialização, Externalização, Combinação e Internalização.

Socialização: o conhecimento é transmitido através da prática, observação e imitação e ocorre de indivíduo para indivíduo.

Externalização: O conhecimento tácito aprendido na socialização é externalizado e transformado em documentos, manuais que permitiram à empresa desenvolver suas atividades registrando as normas pelas quais ocorrerá o procedimento. O conhecimento tácito da socialização transforma-se em conhecimento explícito consubstanciados pelas normas.

Combinação: As fontes do conhecimento adquiridos durante a Socialização e a Externalização são combinados e criam novos conhecimentos para a empresa ou organização. 

Internalização: Os conhecimentos agora transformados de tácitos para explícitos são internalizados pelos empregados e geram conhecimentos para toda a organização.


Tomemos um exemplo real: O jogador de futebol aprende a jogar vendo outros, ou seja, tem conhecimento tácito. O jogador externaliza este conhecimento. O técnico normatiza o esquema tático de acordo com a habilidade do jogador. O técnico combina o conhecimento tácito do jogador com o explícito do esquema tático. Os jogadores internalizam o conhecimento e implementam a tática ao jogo de futebol como time de futebol.

O conhecimento inicialmente tácito, vira explícito e ajuda o time todo a obter o sucesso.


sábado, 9 de março de 2013

INOVAÇÃO, O INTRAPRENEURSHIP E O COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Não é novidade que inovação é a uma qualidade altamente desejada pelas empresas, com foco na manutenção e expansão de sua participação no mercado.
Uma empresa que inova sempre, que trabalha na melhoria contínua de seus processos aumenta consideravelmente as chances de se tornar perene no mercado e cativar mais e mais clientes. Contudo, a inovação não deve se restringir apenas ao conceito da organização enquanto pessoa jurídica. Neste sentido, não basta apenas investir em qualidade de processos, máquinas e infraestrutura para enfrentar as mudanças do mercado e a concorrência, é necessário, sobretudo, fomentar a atividade inovadora dos colaboradores que atuam na empresa.

Deste modo, o conceito, cujo nome complicado (Intrapreneurship) ou (Intra- Empreendedorismo) surge como uma boa opção ou um bom norte a ser seguido pelas organizações. Não se pode esquecer, que o Intra- Empreendedorismo visa justamente criar um comportamento organizacional que propicie a valorização das idéias dos funcionários que compõe o próprio quadro de funcionários da empresa.

O intrapreneurship visa a valorização das idéias dos funcionários de forma participativa, evitando que o know - how (conhecimento) adquirido por esses, se percam ou que transformem-se em armas da concorrência.

É certo que, o conceito do intra-empreendedorismo prega que o colaborador não precisa sair da empresa para criar o seu próprio negócio e ser um empreendedor, mas pode sê-lo dentro da própria empresa, a medida que suas idéias empreendedoras e inovativas contribuam para o sucesso da organização.

Considerando que o comportamento organizacional é o estudo do impacto das pessoas, dos grupos e da estrutura no comportamento da organização, como meio para alcançar os melhores resultados possíveis, o intrapreneurship é uma boa prática de gestão a ser aplicada às organizações, uma vez que pode contribuir para melhorar a eficiência da organização a partir das próprias idéias dos colaboradores ou funcionários.