Administrando empresas

Administrando empresas

sábado, 22 de novembro de 2014

O instituto da pré-qualificação na lei de licitações

É inequívoco que a lei de licitações preconiza a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração Pública, contudo, o arcabouço de regras, normas e prazos previstos na legislação, no mais das vezes chama a atenção pelo excesso de burocratização no âmbito público, no entanto, há que se ressaltar também as boas práticas também insculpidas em alguns dos dispositivos legais, que muito embora sejam de certa forma modernos são pouco utilizados no âmbito da Administração Pública Direta e Indireta.
Este é o caso da pré-qualificação prevista no artigo 114 da lei de licitações:

“Artigo 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a pré-qualificação de licitantes nas concorrências, a ser processada sempre que o objeto da licitação recomende análise mais detida da qualificação técnica dos licitantes.

Ocorre que a pré-qualificação antecede a própria licitação, mas não dispensa é claro a feitura de Edital e análise das condições previstas no artigo 27 da lei, no que se refere às condições de habilitação jurídica, qualificação técnica, qualificação econômica e regularidade fiscal e trabalhista.
Não obstante, a pré-qualificação figura-se como um instrumento que traz diversas vantagens, tais como:
1 – Não existe a necessidade de orçamento ou dotação, uma vez que se trata apenas da seleção de empresas que atendam aos requisitos para entrega de produto ou execução de serviço;
2 – Poupa tempo na licitação, uma vez que a fase de habilitação, que é a mais morosa do certame licitatório, em que as empresas costumam entrar com recursos e ações na justiça, já terá sido concluída;
3 – Diminuição das empresas concorrentes no certame, restringindo-se àquelas que de fato possuem condições de adimplemento do Edital;

Tomemos como exemplo, a situação de um Município que resolve construir uma ponte e que este dependa ainda de orçamento proveniente do Estado. O Município não precisa esperar pela liberação da dotação para então iniciar o projeto básico, executivo e o Edital; o Município poderá iniciar a fase de habilitação, publicando as condições de execução da obra e realização a pré-qualificação de empresas interessadas no objeto e que reúnam condições de executá-la, bem como condições de habilitação previstas no artigo 27 já mencionado. Cabe ressaltar que a pré-qualificação tem validade por um ano.

Portanto, a utilização da pré-qualificação poupa tempo, trata as empresas com isonomia e visa uma Administração Pública que atenda a sociedade de modo pró-ativo e diligente, como vistas ao atendimento do interesse público.

domingo, 2 de novembro de 2014

A questão do assédio moral nas relações de trabalho

Não é à toa que os processos trabalhistas cujo o objeto é o assédio moral se avolumam nos Tribunais. Não obstante os diversos estudos na área de gestão de pessoas que indicam a necessidade premente de tratamento equânime, isonômico e com respeito às pessoas no ambiente de trabalho, não são poucos os “líderes” que exercem a liderança através de métodos e práticas tiranas coercitivas e senão vexatórias que expõe colaboradores ao exercício do trabalho sob pressão desproporcional e que no mais das vezes, contraria e fere o princípio da dignidade humana insculpido no inciso III do artigo 5 da Constituição Federal.

Observa-se que as relações no ambiente de trabalho estão alicerçadas sobre o tripé consubstanciado pelo respeito ao trabalho, ao trabalhador e à dignidade da pessoa humana.

Deve-se respeitar o trabalho, porquanto é por meio do trabalho que se constrói toda a sociedade, uma vez que para sobrevivência humana cada serviço tem seu valor. Não podemos nos esquecer que aquele que trabalha presta um serviço, que é o ato de servir, ou seja, todo trabalhador é um servidor e enquanto servidor, merece respeito no cumprimento de seu dever.

Por consequencia deve-se dignificar o trabalho e respeitar o trabalhador, em consonância com o princípio do respeito à dignidade humana, condição fundamental para a mantença das condições de trabalho.

Ressalta-se que a lei resguarda o direito do trabalhador, neste sentido, todo aquele que tenha sua dignidade ofendida no exercício do trabalho deve recorrer à justiça.

Segundo o Ministério do Trabalho, pode-se definir assédio moral como:

O assédio moral nas relações de trabalho ocorre frequentemente, tanto na iniciativa privada quanto nas instituições públicas. A prática desse crime efetivamente fortalece a discriminação no trabalho, a manutenção da degradação das relações de trabalho e a exclusão social. (http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D3CB9D387013CFE571F747A6E/CARTILHAASSEDIOMORALESEXUAL%20web.pdf)

O assédio moral ocorrerá sempre que atos cruéis e atitudes violentas forem evidenciadas contra os trabalhadores. Ademais, os trabalhadores são postos em situações vexatórias e constrangedoras, vilipendiando-os moralmente, com o intuito de desqualificar e desestabilizar emocionalmente o trabalhador.


O trabalhador deve buscar a justiça, com a finalidade de afastar tal prática nefasta e devastadora que afeta diretamente as relações trabalhistas e o respeito à dignidade humana.

domingo, 14 de setembro de 2014

PLANO DE NEGÓCIOS

Um plano de negócios bem elaborado, abre caminho para o sucesso do empreendimento. Isso porque planejar é a primeira e mais importante tarefa do empreendedor. É preciso planejar antes de empreender, para que os riscos, inerentes à atividade empresarial sejam minimizados.

Não é a toa que a ferramenta da qualidade do PDCA (PLAN, DO, CHECK, ACT) traga como primeira tarefa o “PLAN” de planejar. Não obstante um bom plano de negócios deve contemplar, dentre outros aspectos, o mapeamento de tudo o que será feito, definir os limites do negócio a ser implantado, identificar riscos, pontos fortes, pontos fracos, com a finalidade de analisar o investimento a ser realizado.

Mas isso não é o bastante, o empreendedor deve tomar certos cuidados em relação ao capital de giro necessário para o início das atividades da empresa, com vistas a suportar os gastos iniciais durante o tempo em que a empresa não auferir receita suficiente para se manter.

Ademais, é importante que se faça cálculos adequados do ponto de vista econômico, para projetar receitas no tempo, bem como considerar os encargos inerentes às atividades, tais como tributos, inflação, gastos administrativos e operacionais, além de previsão de créditos para liquidação duvidosa (calotes).


Neste sentido, para empreender com perenidade, primeiro faz-se necessário planejar com qualidade.

sábado, 6 de setembro de 2014

A importância da Cadeia de Suprimentos

O objetivo principal de qualquer sistema logístico é atender aos clientes. Isto porque a logística compreende todo o processo, da fabricação à entrega do produto. Não se pode esquecer que um lead time enxuto, ou seja, adequado às necessidades dos clientes é fundamental. Neste sentido, cabe observar que o lead time é justamente o tempo necessário para atendimento do cliente, desde a produção.
É justamente para atender à lead time cada vez mais baixos, que cresce a importância da gestão da cadeia de suprimentos ou supply chain management (SCM) que permite à empresa, estabelecer um processo de atendimento ao cliente de forma enxuta e organizada, perpassando inclusive pelos seus fornecedores e parceiros, que também terão acesso à informações sobre dados de vendas, demandas, cronogramas de produção, com a finalidade de ajustar o fornecimento de insumos de forma sincronizada.
Neste sentido, cabe citar que:

Para habilitar esse grau de visibilidade e transparência, a sincronização requer um elevado nível de alinhamento de processos, que por si só exige um nível mais elevado de trabalho colaborativo. Essas são as questões às quais devemos retornar. (Christopher, 2013, p.169).

A cadeia de suprimentos passa a se tornar uma confederação de empresas que comungam de um mesmo objetivo e que fornecem vantagens em seu relacionamento umas às outras.
A ideia central é a otimização dos recursos, comprando insumos no tempo certo e entregando os produtos transformados também no tempo certo. Imaginemos por exemplo uma grande rede de supermercados, que precisa manter os produtos sempre disponíveis aos clientes, mas que, por outro lado, não deve manter muito desses produtos avolumando-se no estoque, porquanto esse é um custo para a empresa; neste caso, caso o fornecedor dos produtos tenha acesso aos dados de venda, poderá programar sua produção e seu lead time de tal modo que garanta o abastecimento, sem, contudo, onerar seu supermercado parceiro na cadeia de suprimentos.
Neste sentido é necessário criar as chamadas redes de “quick response” ou resposta rápida, de modo que as freqüências de entrega ocorram dentro dos prazos previstos, para, concomitantemente, reduzir os custos com estoques e garantir a disponibilidade dos produtos.
É notório, contudo, que a gestão da cadeia de suprimentos deve levar em consideração a complexidade do processo, tanto a montante quanto a jusante, ou seja, tanto antes quanto depois da fabricação, dos insumos à produção e da produção à entrega. Deve ser levado em consideração ainda a complexidade de variação, ou seja, a quantidade de produtos a ser comercializado, uma vez que da multiplicação de produtos decorre a dificuldade de previsão de estoques.
Além disso a complexidade do produto a ser fabricado, caso depende de diversas peças distintas, a cadeia de suprimentos e, consequentemente, fornecedores será cada vez maior. A uniformização de insumos que sejam comuns para o maior número de produtos a serem fabricados, pode ser uma boa solução, principalmente para as empresas que fabricam equipamentos eletrônicos.


CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 3. ed. São Paulo: Cengage, 2013.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

EMPATIA

Empatia é uma característica extremamente importante e que deve ser atributo de todos os profissionais dentro das equipes de trabalho. Isto porque para que as equipes sejam eficientes, há que se fazer presente a interação humana adequada.

Neste sentido, cabe salientar que a empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, entender e ouvir o seu colega de trabalho e mais, de ver o seu colega de trabalho, desfazendo-se de todo e qualquer tipo de egocentrismo ou prepotência que possa obstaculizar o entendimento do outro em sua completude.

Isto não quer dizer concordar sempre com a outra pessoa, mas colocar-se em seu lugar, de modo a compreender as razões ou a lógica que a levam a pensar ou agir de determinada maneira.

Trata-se de requisito fundamental para a criação de equipes de alta performance, uma vez que a colaboradores que fazem uso da empatia, tendem a desenvolver-se profissionalmente e contribuem, por conseguinte, para o desenvolvimento da equipe e da empresa

sábado, 5 de julho de 2014

Tolerância e empatia para o trabalho em equipe

No ambiente empresarial o relacionamento humano é imprescindível, porquanto de pessoas são formadas às empresas. Neste contexto, eis que surgem os conflitos, as divergências, as discussões e, em especial, a intolerância.

Notório que as pessoas pensem diferente, pois possuem modelos mentais diferentes, experiências de vida diferentes e cultura diferentes. Ademais, possuem conduta que muitas vezes é fruto do meio em que vivem.
Não obstante, é na empresa que afloram os desejos de crescimento enquanto profissional. Neste sentido, há uma necessidade de auto-afirmação e de reconhecimento pelo grupo de trabalho que perpassa na “cabeça” de muitos profissionais, pela necessidade de impor defeitos ou desqualificação aos trabalhos desempenhados por colegas de equipe.

As acusações mútuas são como pedras lançadas num lago que geram ondas de ignorância e desrespeito pelo ambiente, desse modo, o exercício da tolerância, da empatia e do respeito pelos colegas de equipe são imprescindíveis para a empresa.

Há que se ter tolerância e mesmo paciência com os erros provenientes do crescimento dos participantes da equipe. O erro faz parte do exercício do trabalho, deste modo, apenas criticar o profissional não faz daquele que o critica um mestre de sapiência e qualidade profissional, mas tão e somente o faz um profissional imaturo e desprovido de senso de trabalho em equipe.


Neste sentido, hão de se promover as críticas produtivas e construtivas que objetivem a resolução de problemas, com respeito aos profissionais da empresa, por meio da tolerância e da empatia pelos colegas de equipe.

domingo, 29 de junho de 2014

A similaridade dos produtos e a escolha dos clientes

Na atualidade os clientes têm a sua disposição produtos que cada vez mais se equiparam em termos técnicos. Principalmente em relação a produtos eletrônicos, mesmo as marcas menos conhecidas conseguem equiparar a qualidade e/ou funcionalidade de alguns produtos mais conhecidos no mercado.

O exemplo dos aparelhos celulares é típico, uma vez que muitas marcas atingem performances similares. Deste modo, resta agregar valor ao produto por meio de outras qualidades, tais como: agilidade na entrega e distribuição, agilidade e qualidade de serviços pós-venda, em relação à manutenção dos equipamentos defeituosos, bem como logística reversa para manter a garantia de produtos.

Neste sentido, não adianta apenas investir em marketing, porquanto as grandes empresas sabem que o melhor marketing é prestar um serviço de qualidade aos clientes. Reconhecidamente, marcas como Wal Mart, Mc Donald´s, Apple, Dell, HP, IBM não são descritas como empresas de qualidade apenas porque escolheram o melhor agente publicitário, mas porque, de fato, agregando valor aos serviços e aos produtos que ofertam aos clientes.

Não se pode olvidar, que muitas vezes a decisão do cliente por comprar um produto leva em consideração, por exemplo, a disponibilidade do produto, porquanto a maior parte das mercadorias atualmente são consideradas substituíveis facilmente pelos de outras marcas.


Com efeito, cabe às empresas manter uma cadeia de suprimentos adequada que permita logística ágil de entrega, pós venda adequado e disponibilidade do produto.

sábado, 21 de junho de 2014

NÃO SE PREOCUPE APENAS COM O VOLUME DE VENDAS


Normalmente os vendedores pensam apenas em volume de vendas, vender mais e mais. Contudo, essa, por incrível que pareça não é a solução. Deve-se vender bem com rentabilidade.

De nada adianta vender se essa venda não traz dividendos para a empresa. É necessário verificar o gasto com a logística da venda, quanto será gasto em tempo com o cliente, quanto será gasto para viajar até o cliente. Todos estes custos têm que entrar na conta, não se pode  verificar apenas o volume de vendas.

Ora, se vendemos R$ 10.000,00 em mercadorias, mas gastamos R$ 11.000,00 em sacrifícios para a venda, ou aplicando descontos desarrazoados não atingiremos o objeto final, qual seja, a lucratividade da empresa.
Muito vendedor se utiliza do desconto sem lógica para vender. Fácil, não consegue vender, baixe o preço em 20, 30%, ao invés de gastar energia para convencer o cliente de que o preço faz jus à qualidade do produto adquirido, afinal de contas deseja-se volume e não rentabilidade não é mesmo?

Notoriamente, em alguns casos cabe desconto maior, mas tão e somente se pretendemos fidelizar um cliente potencial, com a finalidade de aumentar o market share ou a participação, em outras palavras, no mercado consumidor.

Portanto, façamos vendas com qualidade, de modo a buscar, continuamente, rentabilidade (retorno sobre o capital ou dinheiro empregado na empresa) e não apenas volume de vendas.







sábado, 31 de maio de 2014

Gestão de problemas

O trabalho do Administrador passa pela necessidade de solução de problemas. Toda empresa pretende que o Administrador resolva de fato, os problemas, porquanto faz parte das funções do Administrador planejar, organizar, dirigir e controlar.

Não ter medo dos problemas é por isso, premissa básica para todo bom Administrador, além de boa dose de ousadia aliada a muito, muito conhecimento adquirido através da leitura, da participação em seminários e do contato com outros profissionais.

O Administrador precisa ainda, utilizar as técnicas de gestão adequadas a cada caso, para a solução dos problemas. Neste sentido, não podemos deixar de citar que a utilização da ferramenta do PDCA (Planejar, Fazer, Controlar e Agir) é uma dos mais importantes métodos para solução dos problemas uma vez que cria uma cultura voltada para o planejamento prévio a qualquer execução, bem como o acompanhamento dos resultados e a aplicação de contramedida caso a execução não tenha saído como esperado.

Neste sentido, o trabalho de solução de problemas é um ciclo constante que, sobretudo, a melhoria contínua. Sempre há algo que pode ser melhorado, nada é infalível, no entanto, reconhecer isso é a primeira barreira a ser enfrentada no processo de melhoria, porquanto se trata de barreira natural do ser humano, rechaçar toda e qualquer constatação de que algo de errado está ocorrendo no âmbito do seu trabalho.
Os problemas estão nas empresas privadas, nas organizações públicas, nas organizações filantrópicas e outras instituições.


Reconhecer os erros, assumir que não sabemos tudo no âmbito de nosso trabalho e trabalhar para que os problemas sejam solucionados, além de fomentar  uma política empresarial de valorização das pessoas que identificam erros e os corrigem são tarefas importantes e que dependem da atuação incisiva e pujante dos administradores.

domingo, 11 de maio de 2014

As Universidades Corporativas e a Gestão do Conhecimento

É unânime o entendimento de que a gestão do conhecimento é imprescindível para as empresas na era atual. Não obstante, a gestão do conhecimento se faz com políticas estratégicas que reconheçam, de fato, a importância de uma gestão do conhecimento adequada, de modo que se possa envolver a totalidade dos colaboradores no processo de aprendizagem e transmissão do conhecimento.

Neste contexto, muitas grandes empresas instituem Universidades Corporativas para este fim, como é o caso da AMBEV e dos CORREIOS. Não obstante, as Universidades Corporativas buscam dar forma e padrão ao processo de transmissão do conhecimento, para formar colaboradores alinhados à política estratégica da empresa.

As Universidades Corporativas (UC) são um instrumento empresarial poderoso, na difícil tarefa de disseminar modelos e métodos que estejam em consonância com as necessidades da empresa. Com efeito, o que se verifica com a implementação de uma UC, é que essa fomenta o desenvolvimento das pessoas, buscando, inclusive, que essas assumam também um papel docente perante seus pares na organização.
As UC´s, buscam garantir que nenhum colaborador execute uma tarefa sem que antes tenha sido treinado para realizá-la. Não obstante, a UC deve garantir que o colaborador possa aprender com outros colaboradores e com seus próprios erros e acertos.

As UC´s tem se utilizado maciçamente das tecnologias de informação e comunicação (TIC) para disseminar conhecimento mais rapidamente, contudo, é importante lembrar que apenas o uso das ferramentas de TIC, tais como, o uso de treinamento por meio de mídias eletrônicas, sites na Intrante ou Web ou outros meios eletrônicos, pode desfavorecer àquelas pessoas que não possuam familiaridade com o mundo da tecnologia e de suas ferramentas. Isto posto, os métodos de ensino devem levar em consideração os fatores culturais envolvidos no processo de aprendizagem.


Por todo o exposto, a implantação de Universidades Corporativas é um passo à frente na busca por uma melhor disseminação do conhecimento, contudo, há sempre que se verificar os melhores métodos a serem utilizados para garantir que cada colaborador receba as informações corretas e no tempo certo para executar suas tarefas, além de garantir o seu auto-desenvolvimento.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Relação Contratante e Fornecedor na Administração Pública

Muito se fala acerca da importância do conceito da Qualidade Total na Administração de Empresas, que, em síntese, preceitua a melhoria contínua na organização como um todo, inclusive na relação entre empresas e fornecedores.

Não se pode olvidar, conforme Moreira (2012), que existem dois tipos de relacionamento entre empresa- contratante e fornecedor. Neste sentido, a empresa - contratante pode adotar em relação ao fornecedor, uma atitude colaborativa ou uma atitude competitiva.

Na atitude competitiva as partes acabam por atuar sempre vislumbrando a parte contrária como oponente ferrenho e foca seu jogo apenas no ganho unilateral.

Na atitude colaborativa, no entanto, as partes buscam uma atitude do tipo ganha-ganha, em que o fornecedor é visto como uma importante peça na engrenagem que faz girar o negócio principal da empresa.
Quando a atitude é colaborativa, a empresa incentiva o seu fornecedor para que este se desenvolva.

Segundo Moreira (2012, p.87), "caso adotem uma postura colaborativa, o comprador e o vendedor tornam-se parceiros".

Infelizmente, contudo, na Administração Pública há uma cultura enraizada e alimentada pela desconfiança mútua entre Administração Pública e Fornecedores, proporcionada por anos de corrupção, desmandos e falta de gestão, além de bela dose de despreparo dos agentes públicos na condução dos atos administrativos, que no mais das vezes, transcendem os limites do razoável e do proporcional, muito além do que requer o interesse público nas contratações públicas.

Excessivo apego à normas, regulamentos e leis, somado ao despreparo dos gestores públicos, criam apenas a indústria de aplicação de penalidades e mais penalidades sem que se obtenha, contudo, a verdadeira finalidade da contratação do fornecedor: ajudar a empresa contratante a alcançar a sua missão, através da prestação de serviços adequados por meio de empresas especialistas.


MOREIRA, Daniel. Administração da produção e operações. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Liderar é pra poucos

Constantemente se ventila no ambiente organizacional a importância da liderança transformadora e da liderança motivadora, como impulsionador dos processos produtivos no que se refere ao correto direcionamento das pessoas.

Contudo, é notório que liderar é pra poucos, mas por que isto ocorre?

Não se pode precisar ou definir as razões que originam a falta de líderes natos dentro das empresas, no entanto, pode-se atribuir essa falta de líderes a alguns fatores, tais como: desconhecimento de preceitos afetos à psicologia organizacional, desconhecimento dos preceitos relativos à motivação humana, excessivo apego à autoridade decorrente apenas do cargo, discurso não condizente com a prática, entre outros.
A liderança efetivamente se dá pelo exemplo, através das atitudes positivas e por meio de ações motivadoras, com a finalidade de criar uma equipe ou um time sólido e unido.

Neste sentido, não se pode chefiar, ao invés de liderar, ou seja, conduzir as pessoas por meio da coerção, por meio da ameaça ou da mera exigência sem levar em consideração a necessidade das pessoas.

Afinal de contas, de pessoas as organizações são feitas, com efeito, para liderar pessoas e não chefiá-las, o líder deve fazer com que as pessoas o sigam porque entendem que este é o melhor caminho e porque o líder está preparado para dirigir-lhes ao objetivo por suas qualidades pessoais e não por suas meras designações funcionais e hierárquicas.

terça-feira, 11 de março de 2014

Pessoas e Tecnologia nas organizações

As ferramentas de TI são instrumentos importantes, sem dúvida, para o desenvolvimento de qualquer organização. Contudo, o uso do Business Inteligence combinado com Datawarehouse e Data minings poderosos, bem como infraestrutura de hardware adequada não garante o sucesso da empresa no mercado, porquanto as organizações são formadas, sobretudo, por pessoas.

São as pessoas que dominam os processos, que produzem, que pensam e interagem com foco na consecução dos objetivos organizacionais.

Na verdade, sistemas de informação gerenciais  (SIG), sistemas gerenciadores da cadeia de suprimentos (Supply chain) ou sistemas de gerenciamento do relacionamento com o cliente, de nada adiantam se não forem implantados mediante a análise, modelagem, implantação e gerenciamento dos processos, que são realizados essencialmente por pessoas.

Não se pode esquecer, no entanto, que a força humana é um recurso fundamental, porém de difícil gerenciamento, uma vez que não são máquinas programáveis ou tampouco sistemas fechados. A força humana é, essencialmente, a força motriz da criatividade, que possui anseios e necessidades, forças e fraquezas e é, em suma, influenciado pelo meio em que vive.

Portanto, lapidar pessoas é preciso; fazer com que elas trabalhem em equipe também, contudo e principalmente, é necessário respeitar as pessoas em sua essência de caracterização peculiar e distinta.

Neste contexto, cabe ao gestor exercer a liderança pelo exemplo, respeitando as pessoas, em prol não apenas da organização, mas do bem das relações humanas dentro do trabalho.